sábado, 13 de abril de 2013

Qual igualdade?


Uma mulher que tem um filho se quiser estar em lugares de destaque nas empresas ou nos governos tem de abdicar dos seus direitos como mãe.

Cada mulher por lei que tenha um filho tem direito a um tempo de baixa, para dar de mamar e tratar do seu filho.  Depende de país para país.  

Portugal tem vindo a melhorar o tempo em que uma mãe pode ficar em casa depois de dar à luz.

O problema é que isto é irreal.

1º Quanto mais tempo na legislação que tem direito, mais as empresas fogem a contratar mulheres em altura de poder vir a ter crianças.
2º Uma mulher que goze do tempo todo, sabe que vai ter prejuizos na sua carreira. Mais tarde ou mais cedo será prejudicada.  Raro, muito raro que isso não aconteça.
3º Quanto cargos mais de responsabilidade, mais prejudicada é a mulher.
4º As advogadas em escritórios privados raramente ou nunca gozam a licença toda, normalmente acabam por trabalhar ao mesmo tempo de casa e ir ao escritório uma parte do dia.
5º  As ministras que engravidam prometem logo que não vão gozar o tempo de maternidade.

Então igualdade só se for quando as mulheres abdicam de ter família ou alguém tratar da família por elas.
Será isto igualdade? Não pode haver igualdade.

No fundo as mulheres têm de ter o mesmo ritmo dos homens se quiserem crescer na sua carreira.  Continua a ser assim.

O que acontece é que hoje em dia os homens já não são tão egoistas quando constituem família, já querem participar e ajudar mais no equilibrio de uma família.  Se um tem sucesso o outro abdicou de algumas coisas, é quase certo.  Acontece que hoje em dia já existem homens que fazem isso.  

Aqui está a novidade, as mulheres (com filhos) conseguem-se tornar mais iguais quando os homens (parceiros destas) também se tornam mais iguais.  

Se não houver marido, a mulher terá uma avó que abdica de alguma coisa para fazer o papel dos pais etc.

Não há milagres.  Se os psicólogos se organizassem e falassem mais do assunto veria-se os problemas que gera aos filhos quando os dois pais querem ser bons profissionais ao mesmo tempo.  É terrível ver nas escolas os resultados dessa postura.

O resultado nas crianças da geração que tem vindo a crescer com a forma de vida acelerada dos pais e a ambição profissional tem que se diga nas crianças.

As próprias Ministras com que sacrifícios delas próprias e dos filhos conseguem equilibrar a sua vida.

O meu texto sobre o filme de Margaret Thatcher fala também do resultado de uma mulher que fez o que fez no mundo e o resultado no relacionamento com os filhos, no que deu. "Respeito à privacidade" de 5 de Março deste ano.

Alguém paga sempre pelos sacrifícios que as mulheres têm de fazer para equilibrar a sua vida quando querem ser mulheres por inteiro.

Claro que quanto mais dinheiro, a vida no imediato, fica mais fácil porque poderá pagar serviços para tudo.  Mas será bom?  A criança é que paga com isso e quando crescer isso se irá repercutir nas suas deficiências como ser humano e no seu relacionamento com os pais.

O truque é o equilíbrio e alcançar esse equilíbrio é muito raro.

Tantos divórcios, muitos será, em que os casais até gostavam um do outro mas tiveram dificuldade  em querer abdicar das suas vontades em prol da família, não conseguiram.

O que tenho aprendido com a vida é que não interessa a classe social, os estudos dos pais ou dos filhos, o que interessa é as crianças a sentir que fazem parte, que estão presentes nas mentes dos seus pais e que fazem todos parte da mesma equipa e ninguém desistir.

O mais importante é as crianças crescerem com carinho e alguém que os apoie, a sentirem que os pais estão lá quando for preciso e que todos fazem parte da mesma batalha do dia-a-dia.

Tenho visto poucos resultados bons, existe sempre alguma tristeza ou mágua, mas existem casos que resultam.

Em Portugal temos uma senhora Presidente da Assembleia da Républica, será que mudou alguma coisa?

Gostava de perceber se melhorou o funcionamento na assembleia.  Muitas vezes as mulheres até poderiam mudar mas não querem perder a sua popularidade junto dos homens que as avaliam e portanto preferem mostrar que só tomam medidas que outros homens tomariam.

Temos uma Ministra da Agricultura que está grávida vamos ver como ela resolve o caso dela.  Em tempos li uma entrevista na revista do Expresso, que ela própria falou que sem o empenho do marido não teria sido possível a sua carreira.  Vamos ver como será.

Ainda não percebi como resolver a situação das mulheres no futuro.



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